
Erro. Créditos: depositphotos.com / elnur_
Em um caso que gerou um grande impacto, a cidade de Guarulhos recebeu a ordem de pagar uma compensação de US $ 110.000 à mãe de uma criança que morreu após um erro médico em uma unidade de emergência (UPA) da cidade. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que confirmou a sentença de primeira instância, reconhecendo o direito ao pagamento de danos morais.
O incidente ocorreu quando a criança foi levada para a UPA após uma queda de escada, com sangramento nasal e inchaço ocular. Apesar dos sintomas, a criança foi liberada sem mais exames ou observação médica, o que levantou questões sobre a adaptação dos cuidados prestados.
Quais foram as consequências do erro médico?
Dois dias após a alta, a criança foi levada para outra unidade de saúde com sinais de confusão mental e diminuição no nível de consciência. Infelizmente, a imagem piorou, o que resultou em três ataques cardíacos que culminaram na morte. O tradutor do caso, o juiz Magalhães Coelho, disse que havia sinais claros de fratura que justificariam a realização de uma tomografia, um procedimento que não foi realizado na primeira visita à UPA.
Qual foi o entendimento do tribunal?
O Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que a alta sem investigação adequada dos sintomas eliminou a possibilidade de recuperação da criança. O juiz Coelho enfatizou que, mesmo na ausência de um aparato de tomografia UPA, o paciente deveria ter sido enviado para um estabelecimento com a infraestrutura necessária para realizar o exame. Portanto, o município foi responsável pelo resultado trágico, assumindo o risco que resultou na morte da criança.

O que esse caso de erro médico para a saúde pública representa?
O caso de Guarulhos serve como um alerta à necessidade de melhorias nos serviços de saúde pública, especialmente em termos de diagnóstico e referência. Ele destaca a responsabilidade das autoridades de garantir que os pacientes recebam cuidados que priorizem a segurança e a eficácia, evitando tragédias evitáveis. A decisão judicial reforça a importância de buscar justiça e reparação em casos de negligência médica, promovendo mudanças que podem salvar vidas no futuro.