quarta-feira, julho 16, 2025

O projeto de lei na Itália estabelece prisão perpétua por femicida

Femicida. Créditos: depositphotos.com / artem_furman.

O governo italiano, liderado pela primeira -ministra Giorgia Meloni, anunciou um projeto de lei que visa punir a cadeia perpétua femicida. Essa medida foi lançada na véspera do Dia Internacional da Mulher, destacando a importância de combater a violência de gênero. O Ministro da Justiça, Carlo Nordio, descreveu a iniciativa como um “resultado histórico”, enfatizando a relevância de reconhecer o femicida como um crime autônomo no direito penal.

O projeto busca não apenas resolver problemas técnicos, mas também para chamar a atenção para um problema que se tornou cada vez mais evidente nos últimos anos. O ministro da família e as oportunidades iguais, Eugenia Roccella, enfatizou que a medida é inovadora do ponto de vista legal e cultural. A legislação estabelece maiores sanções em casos de abuso, ameaças e pornografia de vingança, especialmente quando motivadas pela discriminação ou ódio contra as mulheres.

Mudanças propostas na legislação italiana para feminicídio

O projeto propõe que a multa para o femicida seja a prisão perpétua, uma mudança significativa na legislação italiana. Além disso, sanções para crimes como abuso familiar, lesões corporais e perseguições aumentarão se forem motivadas pela discriminação de gênero. Nos casos de ameaças e pornografia de vingança, a penalidade pode aumentar de um terço para dois terços.

Outra mudança importante é a obrigação da audiência do promotor em casos de código vermelho, eliminando a possibilidade de delegação à polícia judicial. Essa mudança visa garantir uma resposta mais eficaz e imediata às acusações de violência de gênero.

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Como o Brasil se compara à Itália em termos de legislação de femicida?

No Brasil, a penalidade máxima permitida é de 40 anos de prisão, de acordo com o Código Penal, e não há prognóstico de prisão perpétua. A pena de morte é proibida, exceto nos casos de guerra declarada. O país ocupa o quinto no ranking mundial de feminicídios, de acordo com o Comissário dos Direitos Humanos das Nações Unidas, atrás de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

O mapa de violência do Conselho Nacional de Justiça revela um aumento no número de feminicidas no Brasil, com 4.762 mortes registradas em 2013. Em 2016, uma mulher foi morta a cada duas horas no país, destacando a seriedade do problema. Comparado aos países desenvolvidos, o Brasil tem taxas de feminicida significativamente mais altas.

Qual é o impacto cultural e social das novas medidas na Itália?

A introdução do femicida como crime autônomo na legislação italiana representa um avanço significativo na luta contra a violência de gênero. Ao reconhecer a seriedade do problema e aumentar as sanções por crimes relacionados, a Itália envia uma mensagem clara de que a discriminação e o ódio contra as mulheres não serão tolerados.

Essas medidas podem influenciar outros países a adotar uma legislação mais rigorosa e priorizar a proteção das mulheres. A conscientização da violência de gênero e a implementação de políticas eficazes são etapas essenciais para reduzir o número de feminicidas e promover a igualdade de gênero em nível global.

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